GRUPO DE TRABALHO DA CPLP DEBATE TRIBUTAÇÃO DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO

O Grupo de Trabalho de Impostos Especiais de Consumo (IEC/ICE) da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa) reuniu-se desde a segunda-feira (22), na Cidade de Maputo, para debater sobre os Desafios da Tributação dos Derivados do Petróleo, em sede do Imposto sobre Consumos Específicos (ICE).
No acto da abertura do evento, a Directora Geral do Planeamento, Estudos e Cooperação Internacional, Kátia Murgy, falando em representação do Presidente da AT, Aníbal Mbalango, vincou no seu discurso que a escolha da tributação de mercadorias em sede dos IEC/ICE revela a prioridade que os países da CPLP tem em maximizar e tornar eficiente a arrecadação de receitas provenientes deste imposto, bem assim, a vontade de investir na especialização tributária, direccionando o foco para mercadorias que, ao nível global, estão no topo dos Crimes Tributários e Aduaneiros, tais como Contrabando, Evasão Fiscal, Fraudes, Adulterações, entre outros.
Para Kátia Murgy, a ocorrência destes crimes resulta em elevadíssimas perdas de receitas fiscais para os Estados, pelo que se impõe a necessidade da administração tributária reflectir sobre a eficácia do regime actual de tributação em sede deste imposto, tendo sempre presente, que este deve garantir, equidade e justiça tributária, tributando de forma correcta este imposto.
Na ocasião, exortou à participação massiva e profunda de todos nas discussões, maior troca de experiências dos avanços na modernização dos sistemas de IEC/ICE, devendo-se flexibilizar o tempo de duração dos debates sempre que se justificar, capitalizar o trabalho de campo (visitas de trabalho), por forma que as expectativas inicialmente geradas sejam superadas e, por conseguinte, o evento fique registado como aquele que aprofundou a cooperação multilateral e consolidou os caminhos para a necessidade do equilíbrio entre a arrecadação de receitas fiscais e a promoção de desenvolvimento e equidade, tendo em atenção à génese destes impostos, concluiu.
Para o Director Geral das Alfândegas, Osvaldo Correia, a realização do encontro é crucial para a partilha de conhecimento e experiências tendo presente a formulação de acções claras e realizáveis.
Igualmente, Osvaldo Correia considerou que os temas escolhidos para a reflexão são pertinentes e actuais, tendo em conta o papel chave que a indústria de petróleos e gás desempenha para o desenvolvimento do mundo, que segundo o dirigente se mostra cada vez mais globalizado.
Em nome das delegações participantes, Fernado Perreira, da Autoridade Tributária e Aduaneira Portuguesa, agradeceu a sua congénera moçambicana pela organização do envento em alusão, visto que é de capital importância para as acções técnicas aduaneira e fiscal, na promoção das boas práticas e dinamização de procedimentos, bem como para a partilha de conhecimentos por forma a contribuir para os desenvolvimentos dos países membros.
Refira-se que, estão agendadas visitas institucionais ao Porto da Matola, teminal de combustíveis e a fábrica de cervejas.